domingo, 12 de dezembro de 2010

HOMENAGEIO OU AGRADEÇO?

Areal-RJ, 07 de dezembro de 2010.


Meus Caros e Caras,

Sou filho do Cte Galvão. Pilotou todas as aeronaves da PAB. Quando arrancaram suas asas ao falirem-na, as de meu Pai desapareceram. Teve convites para voar na Swissair e na TAP, mas recusou os dois.

Para ele voar era Panair e Panair era voar. Os amigos de trabalho, para nós seus filhos, não eram Sr. ou Sra., mas Tio e Tia. Nós filhos, também éramos Panair.

Graças a Deus, ainda o temos hoje com 89 anos. Logo, me sentarei ao seu lado como se estivéssemos nas cabinas, do Catalina, DC-3, DC-6, DC-7, Constellation, Caravelle, DC-8 e, com ele no comando, voaremos nas Asas da Panair do Brasil, através esse documentário, revivendo vitórias, derrotas amizades, valores e muito mais.

A saga da nossa empresa e de seus funcionários finalmente está retratada através de imagens. Seus funcionários nunca serão ex, pois a PAB nunca acabou. Agora a temos muito além do coração e da memória. Ela existe e existirá por muito tempo nos corações das gerações que a operavam, e de suas famílias e, de todas as gerações seguintes que através do sentimento de seus genitores aprenderam e aprenderão a conhecê-la e a acolherem em seus corações. Agora com mais uma memória, concreta, uma obra em filme, PANAIR DO BRASIL.

Agora, peço licença a vocês, pois acabaram de me chamar para dirigir-me ao comando, pois meu Pai me aguarda na cabina para iniciarmos nosso longo vôo.

Dedico essas palavras a todos os funcionários, familiares, parentes, amigos e admiradores da Panair do Brasil que como eu, tenho certeza que em seus corações aconchegada e amada ela está e dedico também, é claro, ao Meu Pai.


Abraços a todos,
Luiz A. C. Galvão